Ter sono durante o dia é normal, não é? Principalmente quando não dormimos bem à noite. Mas, imagine a seguinte situação: você dormiu bem à noite e, mesmo assim, possui sonolência excessiva durante o dia — nesse caso, chega a adormecer em pé.
Se identificou com essa situação ou conhece alguém que passou por momentos similares? Então chegou a hora de descobrir mais sobre a narcolepsia — um distúrbio do sono que afeta muito a vida cotidiana.
Por isso, selecionamos tudo sobre a narcolepsia: o que é, sintomas, causas, diagnóstico, tratamento + 4 dicas para conviver com a doença. Venha descobrir tudo isso agora!
O que é narcolepsia e como ela afeta a sua rotina?
A narcolepsia é um distúrbio que causa muito sono durante o dia. A sonolência excessiva faz com que a pessoa durma profundamente em diversos momentos do dia, independente da situação: em pé ou sentado, em casa ou no trabalho — isso ocorre mesmo com uma boa noite de sono.
Embora a doença seja considerada leve, ela ocasiona diversas situações constrangedoras para quem possui a doença. Isso porque, para muitos, o ato de bocejar e cair no sono é visto com o estigma de preguiçoso. Além de, claro, atrapalhar o rendimento pessoal e profissional.
Quais são os sintomas de quem sofre de narcolepsia?
A sonolência excessiva fora do horário de sono não é o único sintoma dessa doença, existem outros sinais sentidos por quem possui o distúrbio — conheça todos eles:
- Cair no sono a qualquer momento, posição ou local;
- O cochilo pode durar de 5 a 30 minutos;
- Síndrome das pernas inquietas;
- Insônia;
- Alucinação.
Outro sintoma é a paralisia do sono, em que a pessoa sente limitações nos movimentos enquanto está em estado de vigília. Mas além de todos esses sinais, existe um exclusivo da narcolepsia: a cataplexia.
Cataplexia: sintoma exclusivo da narcolepsia
A cataplexia é uma fraqueza muscular sentida pelas pessoas que possuem a doença. A crise inesperada pode ocorrer a qualquer momento do dia. Geralmente, essa debilidade é desencadeada por alguma forte reação emocional, como raiva, tristeza, alegria, surpresa, medo, surpresa e desespero.
A sensação é similar ao relaxamento corporal em uma das fases do sono: a REM! Momento mais profundo desses estágios, responsável por atividades cerebrais intensas — é nesse período que sonhamos e descansamos.
De que forma se desenvolve o distúrbio?
Ainda não existe uma causa identificada para surgir a narcolepsia em uma pessoa. Entretanto, estudos apontam que a doença seja desencadeada por uma série de fatores vivenciados pelo paciente, mas não há indícios da origem ser genética.
Como ocorre o diagnóstico da doença?
O diagnóstico ocorre por meio de dois exames laboratoriais: teste múltiplo de latências e polissonografia. Os testes são indolores evisam monitorar as atividades cerebrais e os estágios do sono em um período delimitado em cada caso.
Através desses exames é possível diagnosticar a narcolepsia, mas também a presença de outros distúrbios do sono, como apneia e insônia.
Se você sofre com dificuldades para dormir, aproveite para ler nosso artigo especial que reúne dicas eficientes para acabar com a insônia e descansar o corpo durante a noite — confira!
Narcolepsia Tipo 1 e 2
A doença se divide em dois tipos: NT1 e NT2. O primeiro nível indica a presença da fraqueza muscular (cataplexia) e a deficiência de hipocretina, um neuropeptídeo que transmite informações entre os neurônios.
Já a narcolepsia tipo 2 demonstra níveis normais da hipocretina e a ausência do estado de cataplexia. Neste caso, são observados a existência dos outros sintomas sentidos pela pessoa, principalmente a sonolência excessiva durante o dia.
Quais são as possibilidades de tratamento para narcolepsia?
O distúrbio não tem cura, mas existem métodos que contribuem para a diminuição dos sintomas. Normalmente, são indicados tratamentos diferentes para a narcolepsia e a cataplexia.
Assim como todas as doenças, se faz necessário realizar o diagnóstico corretamente e avaliar, junto ao especialista médico, quais as melhores formas de tratamento. Além disso, o paciente pode seguir algumas orientações que ampliam a sua qualidade de vida.
4 dicas para lidar com o distúrbio do sono
Existem quatro dicas que podem aumentar o sem bem-estar para que você consiga lidar melhor com a narcolepsia. Nós iremos citá-las todas agora — confira!
1. Organize sua agenda de descanso
É importante seguir uma rotina que contribua com o seu sono, assim, você consegue dormir melhor à noite. Pessoas que possuem narcolepsia necessitam de descansos durante o dia, por isso, formule horários que possibilitem esses cochilos rápidos.
Com essa adaptação, a tendência é que a sensação de relaxamento físico e mental seja maior. Dessa forma, será possível aumentar o desempenho profissional e o bem-estar pessoal.
2. Evite a ingestão de alimentos e bebidas que causam sonolência
Alimentos pesados e gordurosos são asprincipais causas da sonolência após o almoço, por isso, quem possui narcolepsia precisa evitar a ingestão deles para não aumentar o sono.
Entre as comidas e bebidas que devem ser evitadas estão:
- Pizzas;
- Carnes vermelha;
- Embutidos;
- Pastéis;
- Refrigerantes;
- Pães;
- Feijoadas;
- Macarrões;
- Salgados industrializados;
- Batatas fritas;
- Hambúrgueres.
3. Durma o recomendado para a sua idade
Ter uma boa noite de sono é importante para não intensificar os sintomas causados pela narcolepsia, como o excesso de sonolência durante o dia. Por isso, é importante seguir as orientações de horas de sono para cada idade.
Além disso, fique atento à qualidade do sono, esse fator também é fundamental para diminuir os sintomas do distúrbio.
4. Não se considere preguiçoso
É importante compreender que narcolepsia é uma doença, não pode ser confundida com preguiça ou exagero. Por isso é tão importante ter um diagnóstico preciso, dessa forma, você conseguirá buscar tratamento adequado para minimizar os sintomas causados pelo distúrbio do sono.
Além disso, ciente dos sintomas da doença, é possível rever alguns hábitos cotidianos a fim de aumentar a sua qualidade de vida. Sendo assim, se você sente os sintomas que citamos, não espere, busque ajuda médica para tratar o distúrbio.
5. Não desconsidere o perigo da doença
Embora a narcolepsia não seja considerada grave, isso não significa que ela não pode ser perigosa. O sono excessivo se manifesta a qualquer momento e esse fator pode contribuir para ocorrer graves acidentes. Alguns exemplos são: ao dirigir ou ao operar máquinas, por exemplo.
Por isso é tão importante conhecer a doença e iniciar um tratamento o quanto antes, assim como reajustar hábitos para não colocar a sua vida e dos outros em perigo.
E aí, gostou de conhecer todas essas informações? Por aqui, você descobriu mais detalhes sobre a narcolepsia: o que é, diagnóstico e formas de tratamento. Que tal aproveitar para entender o que é sono polifásico, um método que visa distribuir o descanso em sonecas mais curtas durante o dia — confira!