Com a agitação do dia a dia e as rotinas desorganizadas, cada vez mais as pessoas vêm enfrentando dificuldades para realizar tarefas pessoais, que vão desde passear com o cachorrinho, até regular o sono semanal.
Segundo a Associação Brasileira de Sono, o sono acumulado, ou a insônia atinge 73 milhões de brasileiros. Esse fator é prejudicial não somente para as atividades cotidianas, mas também a longo prazo, pois pode desencadear uma série de outras doenças.
No post de hoje, exploraremos o que causa o sono acumulado, quais são seus sintomas e riscos para o bem-estar, além de pontuar formas de melhorar a saúde do seu sono. Continue a leitura e entenda!
O que causa o sono acumulado?
O sono acumulado é causado pela baixa quantidade de horas dormida durante a noite. São diversos os fatores que podem impedir uma pessoa de ter a quantidade ideal de horas dormidas.
Alguns dos principais motivos são o uso do celular, televisão ou computador ao se deitar, pois o cérebro precisa descansar antes de dormir, compreender que aquele momento é do sono. Ao usar estes aparelhos, o cérebro continua recebendo diversas informações ao mesmo tempo, o que dificulta o sono.
A ansiedade noturna também é uma das grandes ameaças do descanso. A preocupação com as atividades do dia seguinte, pensamentos intrusivos e até mesmo o medo são algumas das características desse problema que tira o sono de muitas pessoas.
Se alimentar de forma imprudente próximo à hora de se deitar também pode ser um agente dificultador do bom sono, pois alimentos com alto teor de gorduras, cafeína e açúcares acarretam o mal-estar estomacal e prolongam a condição de alerta.
Claro que estes não são os únicos motivos pela falta de sono, que pode ser ocasionada por distúrbios, predisposição genética, e até mesmo colchões e ambientes hostis para o sono. O importante é entender que existe uma quantidade de horas que devemos dormir por dia e identificar o que está impedindo a longevidade do sono.
Quais são os sintomas do sono acumulado?
Ao acordar depois de uma noite mal-dormida parece que o dia já começou com cansaço e indisposição, e isso é um reflexo da má qualidade do sono de uma pessoa. Os sintomas do sono acumulado se manifestam ao longo do dia e são fáceis de serem identificados.
Um dos sintomas mais comuns é o bocejo. Quando sentimos muito sono, ficamos nos perguntando “por que estou bocejando tanto?“, e isso ocorre porque o corpo sente a necessidade de aumentar os baixos níveis de oxigênio no cérebro, causados pela falta do sono, além de estimular a circulação sanguínea.
A irritabilidade também é um sintoma da falta de sono. A sensação de cansaço constante e volume de tarefas, mantém nosso corpo em constante vigilância, o que pode causar irritação com pequenas adversidades ao longo do dia.
O cansaço e sonolência frequentes também caracterizam os sintomas do sono acumulado. A necessidade de tirar cochilos durante a tarde, ou o pesar dos olhos na realização de atividades importantes como o trabalho, ou até mesmo dirigindo podem ser altamente prejudiciais.
Os sintomas vão variar conforme a rotina e hábitos de cada pessoa, mas alguns como os citados acima, além da falta de energia e disposição física e mental, são os mais frequentes de modo geral. Estar atento a estes sinais e buscar um tratamento é fundamental para atingir o bem-estar.
Quais os riscos de dormir pouco?
Embora a falta do sono pareça ser um problema fácil de resolver e sem grandes consequências, a longo prazo essa disfunção pode causar doenças ainda mais graves e difíceis de acompanhar.
Confira a seguir algumas das principais complicações:
Facilita ganho de peso
O sono parece não ter nenhuma ligação com o peso, correto? Errado! O sono desempenha um papel fundamental na geração de energia do nosso corpo. Ao dormir menos que o indicado, nosso corpo gasta mais energia para se manter funcionando como o habitual.
Nesse sentido, ao longo do dia sentimos a necessidade de repor essa energia, e fazemos isso através da ingestão de alimentos, muitas vezes de forma impulsiva e sem sentir saciedade.
Sentimos fome para ganhar a energia que faltou no sono e acabamos comendo mais do que precisamos, ou até alimentos que não deveríamos, ocasionando futuramente o ganho de peso, e a longo prazo desenvolver a obesidade e diabete.
Prejudica a saúde mental
A falta de sono também tem grande influência na saúde mental. Isso acontece, pois como citamos anteriormente, quanto menos dormimos, mais ansiosos e irritados ficamos.
Essa lacuna nas horas dormidas provoca a redução da produção de hormônios cruciais para nossa melhor disposição, como a serotonina e a dopamina, que nos dão a sensação de satisfação, prazer e felicidade.
Com o déficit destes hormônios, o corpo se torna mais sensível às contrariedades do dia a dia, resultando em reações mais negativas do que o esperado. Por isso, dormir contribui muito para a saúde mental e emocional.
Afeta a cognição
A falta de descanso gera problemas na transmissão de informação pelos neurônios e na ativação cerebral em geral, e essas alterações resultam em disfunções cognitivas como a falta de memória, concentração e coordenação motora.
Enquanto dormimos, o cérebro realiza processos que vão desde a eliminação das informações desnecessárias, até a fixação de conhecimentos úteis para a memória e aprendizagem através do fortalecimento da conexão dos neurônios.
Ao dormir pouco, o corpo precisa interromper todos esses e outros processos, agravando aos poucos os problemas cognitivos. Para quem tem predisposição, este quadro pode piorar.
Prejudica o desempenho físico
Para quem realiza exercícios físicos regularmente, sabe que a prática está diretamente conectada com o sono. Quando descarregamos uma grande carga de energia nos esportes, ao final do dia sentimos bastante sono – consequência da necessidade de repor as energias gastas nas atividades físicas.
Quando o momento do descanso do corpo é interrompido, a energia que deveria ser “recarregada” acaba sendo prejudicada também, o que afeta no bom desempenho físico.
Acelera o envelhecimento
Assim como todo nosso organismo, a pele também precisa do devido descanso, não somente para a saúde, mas também para sua aparência. Como as células estão em constante renovação, elas precisam de alguns hormônios produzidos no momento do sono, como a melatonina.
Ao privar sua pele deste momento de descanso e regeneração, a consequência a ser enfrentada são os problemas de pele como manchas, rugas, olheiras e até a acne.
Todas essas características podem ser relacionadas com o envelhecimento da pele, visto que pela falta do devido cuidado, ela se degenera com muito mais rapidez do que o comum.
Dormir mais no dia seguinte recupera o sono perdido?
Essa é uma dúvida que muita gente, e boa parcela acredita fielmente que dormir algumas horinhas a mais nos finais de semana pode repor as horas de sono perdidas durante a semana, mas infelizmente não é exatamente assim que funciona.
Realmente, depois de uma semana cansativa, com poucas horas de sono, estender um pouco o sono pode dar uma sensação maior de descanso, mas de fato, o tempo que não foi descansado durante a semana não é recuperado.
Isso porque cada organismo possui uma rotina, seus hábitos e tudo isso reflete na qualidade do sono. Quando não dormimos o tempo necessário, os malefícios já começam a se manifestar no momento que acordamos – por isso muitas pessoas têm dificuldade de sair da cama.
É necessário compreender também que quantidade é diferente de qualidade. A média de horas de sono recomendada para um adulto é de 7 a 8 horas por noite. Uma vez que esta quantidade é prejudicada, o restante do dia é afetado, e por isso não é possível “recuperar” as horas no final de semana.
O mais indicado é programar sua rotina para atingir a quantidade média de descanso, para que assim seu rendimento durante o dia seja maior, e a saúde melhorada.
Como regularizar meu sono?
Você deve estar se perguntando: “se dormir aos finais de semana não recupera meu sono, como acabar com a insônia?“, e a resposta é simples: crie uma rotina de sono. Organizar seus afazeres de modo que se alinhem com a quantidade ideal de sono é uma forma de começar a ajustar essa insuficiência.
Assim como as demais atividades do cotidiano, a hora de dormir possui seus próprios ritos e elementos. Pensando nisso, estabeleça horários e tarefas para tornar o descanso mais proveitoso.
Ler um livro antes de dormir é uma atividade que ajuda a desacelerar o cérebro e prepará-lo para dormir. Preparar o ambiente antes de se deitar também colabora para uma melhor qualidade do sono. Manter as luzes baixas e apagadas já estimulam a produção da melatonina, hormônio do sono, e garante um preparo adequado para o descanso.
Ainda na preparação do ambiente, criar um quarto aconchegante também pode ser um diferencial no momento do sono. A escolha das cores, decoração e iluminação é fundamental para montar um espaço de repouso confortável.
A escolha do colchão também é crucial para uma boa noite de sono, afinal, é onde vamos passar as próximas 8 horas. Colchões com molas ensacadas, por exemplo, garantem maior conforto. Mas essa seleção dependerá do gosto de cada pessoa, por isso, faça uma boa análise antes de comprar o seu!
No post de hoje exploramos alguns dos motivos que causam o acúmulo do sono, seus sintomas e consequências, além formas de acabar com esse problema.
Manter uma rotina de sono é indispensável para ter uma vida mais saudável e com bons hábitos. Por isso, se você estiver enfrentando muitos problemas para dormir, procure um profissional para fazer o acompanhamento necessário.
Esperamos que este post tenha sido útil! Continue explorando o blog da Probel e conheça mais conteúdos como este. Talvez nosso artigo sobre a quantidade de sono ideal para cada idade também seja interessante para você. Até a próxima.