Sonambulismo: é bem provável que você já tenha ouvido falar nesse termo, não é? Marcado pelo hábito de vagar pela casa à noite, ainda adormecido, esse distúrbio está entre os que mais impedem as pessoas de ter uma boa qualidade do sono.
E apesar de relativamente comum, muita gente ainda tem dúvidas do que fazer e como tratar esse problema, seja por estar sofrendo com ele ou conviver com alguém que tem os episódios. É justamente por isso que nós, do blog da Probel, chegamos com este guia do sonambulismo, solucionando todas as questões que o cercam, desde possíveis causas até tratamento e formas de conviver com ele.
Continue a leitura para saber mais!
Afinal, o que é o sonambulismo?
O sonambulismo é uma parassonia, um distúrbio marcado por atividades motoras realizadas durante o sono, sem nenhuma consciência plena. Os episódios acontecem até 2h após o adormecimento, durante o estágio de sono profundo não-REM, e duram de segundos até cerca de 30min, se encerrando quando a pessoa retorna à sua cama ou desperta.
Durante as ocorrências, o sonâmbulo fica em um limbo entre o estado de sono e vigília, com apenas parte de suas funções cerebrais adormecidas. Por isso, é tão comum que eles não se lembrem de (quase) nada do que fizeram. Crianças e pré-adolescentes são os que mais sofrem com esse problema, mas adultos e idosos também podem desenvolver episódios ao longo da vida.
Quais os sintomas do sonambulismo?
O sonambulismo aparece com sinais bem parecidos nas pessoas que sofrem com o distúrbio, independentemente da fase da vida. Os sintomas mais comuns são:
- Andar pela casa enquanto ainda adormecido, com olhos fechados ou abertos;
- Realizar ações rotineiras, como trocar de roupa, arrumar a cama, se sentar, ir ao banheiro ou até comer algo;
- Falar durante o episódio, normalmente assuntos sem conexão com a realidade;
- Sair de casa e até dirigir, em casos mais raros;
- Amnésia total ou parcial no dia seguinte.
É importante notar que, apesar da movimentação, o sonâmbulo não sofre com cansaço nem sonolência excessiva no dia seguinte, apesar de poder apresentar certa confusão mental logo ao despertar.
Quais os riscos de sofrer com sonambulismo?
Apesar de ser um distúrbio benigno do sono, sem nenhum risco às capacidades cognitivas do paciente, o sonambulismo está muito relacionado a acidentes domésticos, como quedas e feridas. Isso porque a pessoa não tem consciência alguma de onde está indo ou o que está fazendo, podendo se deparar com móveis, objetos cortantes e outros obstáculos que comprometem sua segurança.
É verdade que não se pode acordar sonâmbulos?
Muita gente acredita que não pode acordar sonâmbulos no meio de um episódio, pois isso ofereceria riscos até mesmo à vida do paciente. Mas isso não é verdade e a pessoa pode, sim, ser despertada, mas com cautela para não desencadear maior confusão mental ou agressividade. O melhor a se fazer é levar o indivíduo de volta para a cama e esperar ele adormecer novamente.
O que pode causar o sonambulismo?
Não existe uma causa conhecida para o sonambulismo, mas alguns fatores de risco estão relacionados ao seu aparecimento, como:
- Genética;
- Amadurecimento do cérebro, no caso de crianças e pré-adolescentes;
- Depressão, ansiedade e/ou estresse físico e mental em níveis altos, seja pela rotina ou por acontecimentos específicos;
- Problemas respiratórios, como asma e apneia do sono;
- Consumo de álcool, drogas ou medicamentos que afetam a qualidade do descanso;
- Ruídos externos, ambiente com temperatura desagradável e privação do sono;
- Problemas de saúde que causam febre noturna.
Quais os tratamentos para o sonambulismo?
O tratamento para o sonambulismo depende muito do que o está causando. Antes de tudo, é preciso diagnosticá-lo por meio de exames, como a polissonografia e o eletroencefalograma, além de relatos do paciente e de pessoas que convivem com ele.
Quando é associado a outros problemas de saúde, como apneia do sono e asma, é preciso tratar essas condições para se livrar dos episódios. Nos casos em que o distúrbio acontece com muita frequência, a psicoterapia e o uso de medicamentos que reduzem o estresse, como antidepressivos e ansiolíticos, são necessários para amenizá-lo.
Existem ainda situações onde o sonâmbulo consegue se livrar do problema por conta própria ou apenas por meio de técnicas de relaxamento, mas apenas um médico será capaz de definir se essa é ou não a melhor saída.
Como conviver com o sonambulismo?
Conviver com o sonambulismo pode ser um desafio, mas existem algumas medidas de segurança que você pode tomar para proteger a si ou à pessoa com quem você convive, caso seja ela que tenha os episódios. Anote aí:
- Tranque portas e janelas, deixando as chaves fora da fechadura;
- Bloqueie o acesso às escadas, se tiver;
- Esconda facas, tesouras e outros objetos cortantes;
- Mantenha as áreas de circulação da casa livre de móveis e outros objetos que possam causar tropeços/quedas.
Além dessas ações preventivas, os sonâmbulos precisam adotar um estilo de vida que reduza a ocorrência do distúrbio, incluindo especialmente os seguintes hábitos na rotina:
- Reduza ou evite o consumo de álcool;
- Evite o uso de telas ou a prática de atividades estimulantes próximo da hora de dormir;
- Pratique exercícios físicos para melhorar a qualidade do sono;
- Tenha uma alimentação balanceada;
- Evite a automedicação;
- Busque a psicoterapia para aliviar o estresse;
- Tenha uma rotina de sono, preferindo práticas relaxantes antes de dormir e indo para a cama no mesmo horário todas as noites.
Independentemente da causa do sonambulismo, lembre-se que ele pode, sim, ser controlado e curado por meio de acompanhamento médico e hábitos saudáveis. Se você gostou deste conteúdo e quiser inspiração para deixar seu momento pré-sono mais relaxante, aproveite para conferir nosso post sobre a técnica de mindfulness.
O blog da Probel volta em breve com mais assuntos para melhorar o seu descanso e o seu bem-estar. Até lá!